Prevalência e implicações da incontinência urinária e fecal em mulheres / Prevalence and implications of urinary and fecal incontinence in women

Avaliar a prevalência da incontinência urinária (IU) e fecal em mulheres atendidas no ambulatório geral do Centro de Saúde Escola - Botucatu - SP. Foram escolhidas 807 mulheres aleatoriamente responderam um questionário aplicado por entrevistadores previamente selecionados e treinados, após assinarem termo de consentimento livre e esclarecido aprovado pelo CEP. Foram distribuídas em dois grupos: GI (n=567), mulheres sem perda de urina, e grupo G2 (n=240), com perda urinária. A média de idade no GI foi de 52 anos e no G2 de 51, não havendo diferença estatisticamente significativa entre os grupos. A prevalência de incontinência urinária foi de 29,7 porcento e em 59,2 porcento a urgência estava associada. O índice de massa corpórea (IMC) foi significativamente mais alto no grupo com perda de urina em relação às mulheres continentes. Na análise de outras variáveis não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos estudados. No grupo de mulheres incontinentes, observou-se número significativamente mais alto de partos vaginais nas mulheres com urgência e incontinência fecal em relação às continentes. A obesidade pode ser fator contributivo ou mesmo de piora da IU. A incontinência, seja urinária de urgência ou fecal, está relacionada a número mais alto de partos vaginais.

Our objective was to evaluate the prevalence of urinary incontinence in women seen at the general outpatient service of Health-School Unit of Botucatu - UNESP. 807 women answered a questionnaire applied by interviewers previously selected and trained, after signing a free informed consent approved by CEP. They were divided into 2 groups: GI (n=567) with women without urine loss and group G2 (n=240) with urine loss. Mean age in group GI was 52 years and 51 years in G2. There was no statistically significant diference between both groups. Urinary incontinence prevalence was 29.7 percent, and in 59.2 percent of cases urgency was associated. Body mass index (BMI) was significantly higher in the group with urine loss when compared to the continent women. By analyzing other variables there was no statistically significant difference between both groups. In the incontinent group, there was a significantly higher number of vaginal deliveries in women with urgency. Considering fecal loss, vaginal deliveries had a significantly higher number among incontinent than continent women. Obesity can either contribute of worsen urinary incontinence. Fecal or urge incontinence is related to the higher number of vaginal deliveries.

Eletroestimulaçäo endovaginal e cinesioterapia no tratamento da incontinência urinária de esforço / Treatment of urinar stress incontinency by intravaginal electrical stimulation and pelvic floor muscle exercises

A eletroestimulaçÝo endovaginal (EEV) e a cinesioterapia sÝo alternativas terapêuticas para pacientes portadoras de incontinência urinária de esforço (IUE). Com o intuito de avaliar a eficiência deste tipo de tratamento, sete pacientes foram submetidas a eletroestimulaçÝo endovaginal e cinesioterapia por 14 semanas. Todas as pacientes eram portadoras de IUE do tipo esfincteriana ou mista e com história de pelo menos uma tentativa de correçÝo cirúrgica, sem sucesso, em 86 por cento dos casos. Observou-se desaparecimento dos sintomas de urge-incontinência em todas as pacientes utilizando este tratamento. Também foram obtidos bons resultados em 50 por cento dos casos com seguimento médio de 10 meses. Esta modalidade terapêutica de IUE representa um procedimento nÝo invasivo que oferece bons resultados mesmo em casos de múltiplos insucessos cirúrgicos, podendo tornar-se uma alternativa atraente para pacientes com problemas clínicos importantes

Oxibutinina intravesical / Intravesical oxybutynin

Os autores apresentam o caso de uma criança com bexiga neurogênica hiper-reflexa secundária a mielomeningocele, tratada inicialmente com oxibutinina por via oral e cateterismo intermitente, com bons resultados durante 18 meses. Após este período, a paciente desenvolveu náuseas e constipaçäo intestinal severa. A substituiçäo da medicaçäo oral pela via intravesical obteve bons resultados terapêuticos, com o desaparecimento dos efeitos colaterais